quarta-feira, 2 de junho de 2010

Esperança


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Aqui estou batendo à tua porta
Posso entrar e conversar um pouco?
Sinto-me só, triste, acabrunhado
A esperança já não mora em minha casa
Vim a correr pensando encontrá-la na tua
Será que ela está contigo?
Fico muito feliz se a albergaste
Ah está, mas que bom sabê-lo!
Vai dizer-lhe que quero vê-la
Voltar a encontrar a luz do caminho
Receber um pouco do seu porvir
Tenho andado a vaguear sem destino
Sinto um nó no coração quando olho para o Além
Mas eu quero continuar a tê-la comigo
Já lhe disseste e ela não vem?
Não me deixes desiludido
Por amor de Deus te peço
Insiste com ela para que venha
Prometo tratá-la sempre com desvelo
Dar-lhe o lugar que ela merece
Dizes-me que ela está muito ocupada?
Que tem de viajar a casa de muitos outros?
Diz-lhe que eu lhe peço perdão
A partir de agora não a quero só para mim
Eu sei que ela não é só minha
De bom grado a deixarei partir sempre que queira
Já entendi que todos precisam dela
Que terei de a partilhar com milhões de seres
Se assim não for, que será deles
Terão que viver para sempre na angústia
Que eu agora sinto e não desejo
Só a quero sentir por perto
E poder gritar aos quatro ventos
Que tenho esperança numa vida melhor