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Em dias de nostalgia busco o impossível
O corpo fica presente mas o espírito divaga
Percorre anos-luz no tempo da imaginação
Sentado à beira mar de um Oceano invisível
Ou no alto escarpado de uma fraga
Procurando alguma réstia de doce emoção
O corpo fica presente mas o espírito divaga
Percorre anos-luz no tempo da imaginação
Sentado à beira mar de um Oceano invisível
Ou no alto escarpado de uma fraga
Procurando alguma réstia de doce emoção
A Vida de um ser humano é feita de arco-íris
Onde rodopiam sem parar os sentimentos
Com cores arrancadas à esperança
Caldeadas em ardorosos desejos pueris
Lutando em todos os momentos
Para fugir de uma cruel lembrança
Recordar a razão de ter nascido
Não é mera filosofia que me desbarata
Qualquer explicação da minha existência
Remete-me para um negrume desconhecido
Que com o tempo me esfarrapa e mata
Sem qualquer alívio de consciência
Só existo mas vivo sem saber porquê
Desconheço a origem do meu ser
Não quero finar sem o saber
Porque vim a este mundo e para quê
Gostaria que me fosse reconhecido perceber
É um direito que penso ter
Para alem das dúvidas sentidas
Fica a certeza da existência em concreto
Só a isso me posso agarrar e tentar potenciar
Olvidando objecções intrinsecamente mantidas
E vivendo um dia a dia que penso correcto
Para não sentir necessidade de me penitenciar
Na vida mantenho e sigo convicções
Pois tenho que me conformar com a realidade
Ser grato a quem me deu a Vida
Mesmo que Ele me imponha restrições
Devo aceitar o Seu amor e caridade
Só assim a Vida poderá ser plenamente vivida