quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Saudade


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O amor deixa saudades ao fenecer
Mas continua a existir, mesmo que passado
É algo que subsiste para além do tempo
Quando ele é grande faz parte do verbo ser
A chama poderá extinguir-se, mas não fica apagado
Permanecerá em letargia a todo o momento

Sendo amor verdadeiro será sempre sublime
Não haverá machado que lhe corte o sentido
Mas se tal acontecer sem razão aparente
Em vez de sangue cairão lágrimas de quem o oprime
Para o esquecimento ele não aceita ser remetido
Não o podem cercear da nossa mente

Ainda era criança quando acolhi teu amor
Fomos crescendo em idade e ardor
Lembro as nossas fugas para o monte
Procurando a solidão sem temor
Onde os desejos crepitavam de calor
Fogo intenso que ardeu lentamente

Outrora vivemos como um único ser
De mãos dadas entrelaçamos sentimentos
Com os corações unidos selamos a paixão
Foi uma vida de carinhos, de intenso viver
Naqueles verdes anos procuramos alentos
Foram eternos momentos que jamais voltarão

Longe vão os anos em que por ti chorei
Perdi-lhes a conta e com ela o desejo
Não quero tornar a sofrer desse jeito
Alguém me privou daquilo que tanto amei
Mas meu coração ainda alberga um ensejo
De voltar a amar com todo o respeito

Oh saudade que tanto me atormentas
Vai-te embora antes que eu enlouqueça
E perca a razão do meu existir
Deixa-me passar o cabo das tormentas
Lutar para impedir que a dor permaneça
E ter a esperança em novo porvir

5 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Lindo poema de solidão ,amor vivido...amor perdido.
Gostei muito.

sonhadora

Luna disse...

O amor é o sentimento mais sublime que o universo projectou nos homens,nas as ausências são terríveis
beijos

NUMEROLOGIA E PROSPERIDADE disse...

Boa tarde, Eduardo.
Vim agradecer a sua visita e dar uma olhadinha nas novidades. Lindíssima poesia, gostaria de ser assim, romântica.
Estou lá no meu blog contando um pouco da literatura africana, uma de minhas tantas paixões.
FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER... deseja uma boa semana para você.
Beijo grande.

Dalva Nascimento disse...

Um poema que transcende a dor de amor, sublime!

Boa semana, Eduardo!

Juci Barros disse...

Belíssimas palavras.Fiquei encantada> Parabéns!
http://compromissocomoacaso.blogspot.com/