quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Rosa vermelha



********************


Rosa vermelha de cor aveludada

Nascida entre tojos na alta montanha

O sol tisnou tuas pétalas

Teu odor suave tomou meus sentidos

Impregnou toda a minha alma

Fez-me transportar a jardins desconhecidos

Vermelho ardente que acaricio

Como mulher bela em pleno estio

Mostras o botão que vai desabrochar

Abres teu coração ao clarear

Expeles o perfume dentro de teu ser

Espreguiças teu caule a verdejar

Sabes que espero esse momento

Deixas-me afagar terna e suavemente

Teu ventre ciosamente recolhido

Tuas pétalas abrem uma a uma

Como jamais eu havia sentido

Estremeço ainda meio adormecido

Flor que jamais serás de jardim

Após te abrires completamente

Darás tudo que tens em ti

Ficarás para sempre desnudada

De coração eternamente aberto

Mesmo que não tenhas mais nada

Vou sentir tua juventude perdida

Depois de tuas pétalas caírem

Ficarás mais amadurecida

Mais carente de que outrora

Então recolher-te-ei em minhas mãos

E tudo o que te resta agora

10 comentários:

Poeta Mauro Rocha disse...

Obrigado pela visita, e obrigado pelo elogio, mas preciso saber, ou melhor, é bom saber que o texto agradou, também sou aprendiz de feiticeiro e como a "Rosa Vermelha" tenho muitos espinhos para extrair a beleza admirável e é bom saber quando isso acontece.Volte, pois estarei aqui para algumas visitas e aprendizados.

Um abraço!!

Alexandre Ofélio disse...

Otima poesia e belo blog

Parabens!!!

Montanha - Brasil

conduarte disse...

Rosas sempre rosas... A carência de nós todos... o amor!

Aproveito para
convidar vc a ver meu blog, sobretudo as duas última postagens que são divertidas e de certa sacanegem com direito a foto e tudo o mais... rrsrrs Foi um estímulo vindo do Varal de Idéias que postou foto de 1886 de Coubert, mas portugal tirou o livro das mãos das crianças por acreditar que era indecente e pornográfico a arte desta data...

Veja lá que vc vai enteder tudo.

bjus CON

Anónimo disse...

Como gostei da sua companhia no meu/nosso lanche. :)
Ñ dá para lanche fica para ceia!
Gostei do poema.
Admiro quem consegue transmitir sentimentos em verso!
Sempre agradável visitá-lo.
Abraço.
isa.

Anónimo disse...

Eduardo,

obrigado por SEGUIR o VARAL!

Forte abraço

SAM disse...

Magnifíco, Eduardo! Conseguiu passar todo o sentido da imagem que fazemos da bela rosa vermelha -apaixonante e sensual, mas com a sua ternura . E deslumbrou-me por igual beleza. A sua percepção encantou-me e difícilmente eu conseguiria expressar em palavras o impacto que estes versos me causou.....Obrigada.


Beijos

conduarte disse...

Seu poema é sempre muito bonito, delicado, aprendo neles algumas palavras... Desta vez - TOJO = plantas espinhosas que nascem no mato. Maravilha!

Grande beijo, CON DUARTE

Maura Milcharek disse...

Querido amigo!
Obrigada pelo comentário e por visitar meu mundo mágico da poesia!
Mil beijos e por favor volte sempre!

Fátima Santos disse...

visita retribuida :)
quer aparecer por este recanto mais poétio? seja bem vindo

Mateus Araujo disse...

aaaaa que lindaaa essa!!!!!!


mUrri/