sexta-feira, 26 de junho de 2009

Irmão vento


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Eu te saúdo irmão vento
Outrora povos te adoraram
Por te considerarem Deus
Não é esse o meu intento
Sei que não te amaram
Mesmo sendo filhos teus
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É verdade que não te vejo
Mas sei que existes e que actuas
És um elemento invisível
Reconheço teus atributos sem pejo
Estás em todas as luas
Só isso te torna visível
*****

Brincas com a areia no deserto
Jogas ao esconde com as nuvens
Empurras o velho no caminho
Pregas partidas a quem está perto
Não sabem o poder que tens
Ao fazer um redemoinho
*****

No mar com marés calmas
Proteges os navegantes incautos
Choras como uma criança
Mas se acordas de mau humor, clamas
Ruges em altos gritos
Como quem reclama vingança
*****

És uma força da natureza
Por isso eu te venero
Teu poder é imenso
Apesar de não seres da realeza
Tens fama de ser austero
E um fulgor de vida intenso
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Como eu gosto de sentir o teu sopro
Aquele sussurrar em noites quentes
Inebrias-me com ondas de prazer
Penetras-me como um escopro
Não sei se me mentes
Mas que bom seria assim permanecer

5 comentários:

Úrsula Avner disse...

Muito bonito caro Eduardo. Voce escreveu sobre o vento de uma maneira poética suave e linda. Meu carinho.

Bárbara disse...

Olá amigo!Amei sua visita ao meu cantinho, espero que apareça sempre! Mas tua poesia supera as expectativas! Obrigada por me apresentar a tamanha delicadeza e suavidade!Pode ter certeza que estarei sempre por aqui!Um grande abraço! Bárbara

Celamar Maione disse...

Eu acho o vento um grande mistério...
É delicioso.
Obrigada pelas suas palavras no meu blog de contos.
Boa semana !

Andreia Alves disse...

Que lindo e tocante poema Eduardo!
O vento é misteriso e enigmático...
Amo o vento! Bjsss tenha uma linda e emocionante semana...

Sandra disse...

Meu amigo.
Vim agradecer a sua visita em meu blog.
Vc. é uma pessoa muito querida.
Será sempre bem vindo.
Com todo o meu crinho
Sandra