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És criatura celeste
Teu corpo de branco se reveste
Se desnuda naturalmente
Esperando carícias docemente
Fica ainda mais belo e sensível
Uma visão quase impossível
Porque não sinto tua mão
E piso algo que não é chão
Luto contra o ardor
De sentir um grande amor
Não sei de onde provém
Não gosto de mais ninguém
Estou desesperadamente só
Por compaixão divina tem dó
Não sei para onde possa ir
Tentar fugir do teu sentir
Dentro de mim em permanência
Só existe a tua ausência
Ténue névoa se formou
Minha mente se adornou
Sinto que vou morrer de desejo
Por aquilo que não vejo
Porque abriste tuas entranhas?
Para me deixar saudades tamanhas
Serás anjo ou demónio
Deixas-te confuso meu neurónio
Se fores anjo faz-te luz
Por amor ao céu me conduz
Mas se fores espírito maligno
Deixa-me seguir, mesmo sem tino
Porque meu corpo não levarás
Só meu desdém sentirás
Terás que ser um anjo de luz
Minha alma a isso te reduz
Então sim, seguir-te-ei perdidamente
Não apenas agora, mas eternamente
2 comentários:
Muito intenso!
Gostei bastante, parabéns.
ASS: Diferente
Cara, o amor é assim mesmo, nos leva do céu para o inferno e vice versa...
Mas o bom é isto mesmo, esta roleta russa.
Fique com Deus, menino Eduardo.
Um abraço.
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