domingo, 6 de janeiro de 2008

Ano Novo, Vida Nova?


O ano findou, dizemos que é velho
O novo chegou, saudamos com esperança
Quantos pensamentos eu tenho
Alguns tão inocentes como de uma criança

O ano é novo no calendário
Traz consigo o que é bom e o que não presta
O nosso rodopio diário
Será apenas o que nos resta?

Talvez sim e talvez não
Dependerá de inúmeras coisas
De escolheres um bom caminho ou não
Mas também do lugar onde poisas

Caminho que tem tantos sentidos
Vidas, via ou metamorfose
Setas apontadas aos ouvidos
Daqueles que apenas conhecem a pose

Pose dos que querem possuir
Que não olham a meios ou cuidados
Que não vivem o sentir
Mesmo dos mais desgraçados

Ano Novo que será de coisas velhas
De tantas que até desconhecíamos
Mas vamos à procura de novas
E acreditar que ainda sabíamos

O caminho está escolhido
Cada qual percorrerá o seu
O meu já tem sentido
Mas pode não ser igual ao teu

Anseio por uma vida com justiça
Paz, amor e fraternidade
Uma luta que está numa liça
Mesmo contra a minha vontade

Olha à tua volta e diz-me o que sentes
Pessoas que riem quando estão felizes
Mas que choram e cerram os dentes
Nos momentos de deslizes

Não peças um desejo para o Novo Ano
Tenta apenas lutar por um objectivo
Transforma o teu dia a dia insano
Em algo forte e que sirva de motivo

Motivo que faça a diferença
Para ti, para mim, para o Mundo
Entranha tal como o amor de criança
Quando ama sua mãe lá bem no fundo

Vida nova será certamente
Para muitos que agora nascem
Será velha e finita igualmente
Para quem espera que os dias passem

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