segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Azul infinito





No azul infinito da esperança
Vagueiam anseios desmedidos
Na luta diária da sobrevivência
Gastamos os nossos sentidos
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Nuvens escuras escondem tristeza
De azul colorimos os desejos
Trilhamos caminhos de incertezas
Sonhamos amores benfazejos
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Vida insípida do dia dia
É a pedra do caminho
Numa etapa mais tardia
Colheremos o nosso destino
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Um corpo sem alma teremos
Um dia sem vida vai nascer
Nas asas de anjos voaremos
No poente ao entardecer
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Corpo não levaremos
O espírito substitui o ser
Que fardo carregaremos?
Será melhor não o saber
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Para além do infinito
Está a estação de permanência
Será um lugar bonito?
Ou princípio da nossa demência?
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Terra é mera passagem
Nascemos do nada feito ser
A vida é miragem
Só nós não queremos ver

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